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O “bônus” da Vivo na briga para investir em startups

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Um contrato com a Vivo foi a chave para a startup israelense Tachyonix, fundada por brasileiros, multiplicar seu faturamento por seis e conseguir passar de três clientes para 25, conquistando nomes de peso como Vivara e Piracanjuba.

Antes mesmo de o resultado se materializar, o CEO Marcelo Korn sabia que o acordo com a Vivo era o que precisava para fazer a sua empresa, que opera como provedora de aplicativos SAP, decolar. Por isso, tentou se cadastrar como fornecedor da empresa de telefonia.

O problema é que, por causa de alguns trâmites burocráticos, a autorização para começar a operar poderia demorar. A solução indicada pela própria empresa foi um aporte por meio da Wayra, corporate venture capital early stage da Vivo.

O investimento aconteceu no meio do ano passado e permitiu que a Tachyonix passasse a fornecer, desde então, cerca de 80 aplicativos para facilitar atividades como atualização de carteira de trabalho, pedido de férias e marcação de ponto. Com isso, a perspectiva de Korn é fechar o ano com faturamento de US$ 700 mil.

A conexão com a Tachyonix é apenas uma fração do trabalho que a Vivo vem fazendo para desenvolver sinergias com as suas investidas. No primeiro semestre deste ano, as startups que receberam aporte da Wayra e do Vivo Ventures movimentaram R$ 69 milhões em contratos com a empresa de telefonia — valor 53% maior do que o mesmo período de 2023.

Segundo o managing director da Wayra Brasil e da Vivo Ventures, Phillip Trauer, cerca de metade das 26 empresas ativas do portfólio da Wayra Brasil e todas as cinco na carteira da Vivo Ventures já tiveram ou ainda têm negócios com o grupo Telefônica.

“Não é uma condição para a gente fazer o aporte, mas a expectativa é que, no médio prazo, as companhias investidas venham a fazer negócio com a Vivo”, diz Trauer.

No caso da CRMBonus, a relação de cliente e prestador de serviço já existia antes de o cheque de US$ 5 milhões ser depositado pela Vivo Ventures, em julho deste ano.

Desde o início deste ano, a Vivo oferece o Vale Bônus, uma solução da empresa que funciona como uma moeda virtual creditada a consumidores que fazem recargas ou pagam as contas em dia. O benefício pode ser trocado por descontos em serviços e produtos de diversas marcas.

Depois do aporte, a CRMBonus desenvolveu outra solução para a Vivo, lançada neste mês: o ‘Quartou Vivo Valoriza’. A iniciativa envia, sempre às quartas-feiras, um bônus para clientes selecionados, válidos em empresas parceiras, como Chilli Beans, Aramis, Arezzo, Osklen, Loungerie e Corello.

De um lado, a lógica é obter a fidelização do consumidor por benefícios adicionais ao serviço de telefonia. Do outro, é adicionar uma nova fonte de receita para a companhia.

O CEO da CRMBonus, Alexandre Zolko, explica que, quando o cliente aceita receber o desconto na loja conveniada, seus dados são enviados para tal empresa. O aceite é necessário por causa da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). Caso a compra seja efetivada, a Vivo recebe um percentual do valor gasto pelo seu cliente.

“A ideia é que as empresas que concedem as ofertas não se repitam no intervalo de um ano. Então, essa parceria pode ser gigante. Acreditamos que ela possa levar a um incremento de R$ 5 bilhões em receita de vendas para todo o ecossistema”, afirma Zolko.

Dos R$ 320 milhões disponíveis para Vivo Ventures, apenas 28% foram utilizados nos aportes nas startups Klavi, Klubi, Digibee, Conexa e CRMBonus. Por isso, Trauer busca até 15 novas empresas para investir. O foco principal é inteligência artificial generativa, mas oportunidades nas áreas de saúde, no setor financeiro, de educação ou entretenimento também serão aproveitadas.

“Estamos atrás de companhias das séries A, B e C, com cheques de até R$ 30 milhões. A Vivo é um canhão do ponto de vista de poder ser um catalisador na história de uma startup”, diz Trauer.



Fonte: Neofeed

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XP eleva para “compra” o setor de papel e celulose (e a Suzano como melhor escolha)

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A queda nos preços da celulose nos últimos três meses tem assustado os investidores expostos às companhias do setor. Não é difícil entender o receio, pois a oferta adicional de celulose de fibra curta (BHKP) no mercado global causou uma desvalorização de quase 25% na cotação da matéria-prima no período.

Porém, na visão da XP Investimentos, essa não deve ser uma preocupação para o setor daqui para frente. Os indicadores estão apontando para uma estabilização de preços no curto prazo.

É com essa premissa que os analistas Lucas Laghi, Guilherme Nippes e Fernanda Urbano elevaram sua recomendação dos papéis da Klabin e da Irani para compra. E mantiveram a Suzano como a melhor opção para quem quer ter exposição ao segmento.

“Com as recentes indicações de estabilização e uma visão estrutural positiva para os preços, estamos otimistas em aumentar a exposição ao setor de celulose e papel, mantendo a Suzano como nossa principal escolha, que consideramos atraente em diversos indicadores”, afirmam os analistas, no relatório.

Eles projetam um potencial da valorização de 55% para os papéis da Suzano, atingindo um preço-alvo de R$ 85. A esperança para Klabin e Irani surge de uma perspectiva sólida para os volumes e preços de papel e embalagens no País.

No caso da Klabin, os analistas também analisam uma perspectiva mais positiva para a alavancagem da companhia. “Após a aquisição da Caetê e considerando o aumento gradual dos projetos em andamento da companhia, esperamos que a redução da alavancagem e a expansão do Ebitda sustentem nosso potencial de valorização das ações, sem mudanças significativas nos múltiplos de avaliação”, dizem os especialistas.

No mesmo cenário macro, a Irani deve se beneficiar de um ambiente doméstico mais favorável para a demanda por papelão ondulado, um de seus carros-chefes. Segundo a XP, embora os custos altos do produto limitem o avanço do lucro da companhia no curto prazo, a expectativa é de que o segmento seja um dos impulsionadores do crescimento da companhia nos próximos anos.

“Esperamos que o ambiente positivo de demanda por embalagens e a expansão da plataforma Gaia, combinando mix de produtos e eficiências de custos, sejam os principais motores do crescimento dos lucros nos próximos anos”, afirmam Laghi, Nippes e Urbano.

Desta forma, os analistas projetam um potencial de valorização de 33% para os papéis da Suzano, atingindo uma cotação de R$ 27, enquanto as ações da Irani estão com perspectiva de alta de 26%, atingindo um valor de R$ 9,50 por papel.

Apesar da perspectiva positiva como o curto e médio prazo, não significa que o caminho está livre de desafios. Na perspectiva da corretora, no lado da demanda, o crescimento da celulose de mercado deve desacelerar nos próximos 3 a 4 anos, dado que a estratégia de integração da produção de celulose na China, a maior importadora de celulose do Brasil, continua.

Porém, esse crescimento da produção chinesa é limitado, já a disponibilidade de matérias-primas, como os cavacos de madeira, não é infinita. Assim, com potenciais custos mais altos da integração chinesa devido à expansão da produção verticalizada, a corretora também prevê oportunidades no longo prazo, com um possível aumento na demanda pela celulose brasileira após esse prazo de cinco anos.

“Até o final da década, esperamos que os chamados ‘mega projetos de celulose’ absorvam a demanda incremental da China por celulose de mercado, dado as limitações na expansão por lá”, afirmam os analistas.



Fonte: Neofeed

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Na CPFL Energia, uma carga bilionária de investimentos para enfrentar os eventos climáticos extremos

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A CPFL Energia tem uma estimativa de investimento de R$ 28,4 bilhões no ciclo 2024-2028. A empresa com negócios em geração, distribuição, transmissão e comercialização de energia elétrica, que tem concessões em grande parte do Estado de São Paulo e do Rio Grande do Sul, precisou se adaptar às mudanças climáticas.

A empresa teve de dobrar o volume financeiro em investimentos na comparação com cinco ou dez anos atrás – ou os últimos dois grandes ciclos de planejamento. O motivo são as mudanças climáticas que exigem uma rede cada vez mais robusta e automatizada para garantir a disponibilidade do fornecimento de energia.

“A quantidade de eventos climáticos extremos que enfrentamos na nossa região, hoje, é sem precedentes quando a gente olha o histórico”, diz Gustavo Estrella, CEO da CPFL Energia, em entrevista ao Números Falam, programa do NeoFeed que tem o apoio do Santander Select.

“O investimento é fundamental para que a gente possa preservar a qualidade da rede face ao ambiente muito mais adverso”, complementa.

Estrella usa como exemplo a troca dos postes que a CPFL tem realizado em dois terços das cidades do Rio Grande do Sul. Quando a empresa assumiu a concessão em 2006, 90% dos postes eram de madeira.

Na época, essa estrutura aguentava a temperatura da região, algo que mudou nos últimos anos. Em até três anos, todas as cidades atendidas terão postes de cimento.

Além da infraestrutura da rede para distribuição de energia, esse ciclo de investimentos da CPFL contempla uma parcela para implementação de inovação e tecnologia.

No fim do segundo trimestre, a empresa tinha instalado 18,7 mil religadores automáticos, um sistema inteligente de controle que monitora pedaços da rede. Essa tecnologia consegue isolar apenas onde está o problema em vez de desenergizar uma grande extensão.

“Os religadores são fundamentais pois têm a capacidade de manejar a rede e ajudar a tomar a decisão onde cortar o fornecimento de energia elétrica”, diz o CEO da CPFL.

No planejamento da empresa estão previstos R$ 580 milhões em soluções inteligentes de energia. Mais 5,1 mil religadores automáticos devem ser instalados. O resultado esperado é o aumento de eficiência operacional e a redução do tempo de interrupção de energia e do deslocamento das equipes.

O passo seguinte é a instalação de medidores inteligentes. Essa tecnologia possibilita a coleta individualizada de dados de cada consumidor, em tempo real. Para a CPFL, essa vai ser a chave para melhorar a produtividade e restaurar a energia elétrica de forma automatizada para os 10,6 milhões de clientes.

Estrella esteve recentemente na China, onde existem 500 milhões de medidores inteligentes instalados e funcionando. A CPFL foi adquirida, em novembro de 2017, pela chinesa State Grid, que detém 83,7% das ações da companhia.

“Do nosso investimento total, tenho R$ 1,5 bilhão ligados à medição inteligente com potencial de chegar até R$ 8 bilhões”, diz Estrella. “Temos um volume grande de investimento, que passa a ser recorrente. Não há nenhuma perspectiva de que a gente vá reduzir em algum momento.”

Com Ebitda anualizado de R$ 12,9 bilhões, a CPFL tem um endividamento de R$ 25,9 bilhões. Mas com prazo médio acima de quatro anos, a gestão da companhia evita pressões no caixa da companhia.

Além disso, pouco mais de 70% estão indexados ao CDI e o restante à inflação. “É um hedge natural com a receita, que também é indexada à inflação”, diz o CEO.

Nesta entrevista, que você assiste no vídeo acima, Estrella fala também sobre os desafios da energia renovável. E por que teve de desligar a geração dessas fontes para garantir a segurança do sistema elétrico.

Com valor de mercado de R$ 37,9 bilhões, a ação CPFE3, da CPFL Energia, acumula queda de 14,% no ano, até quarta-feira, 16 de outubro.





Fonte: Neofeed

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BTG Pactual avança em galpões e paga R$ 1,8 bilhão por 13 ativos da GLP

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BTG Pactual avança em galpões e paga R$ 1,8 bilhão por 13 ativos da GLP
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Exatamente dois meses depois de sinalizar um acordo para a compra de um pacote de galpões logísticos, o BTG Pactual está sacramentando a operação que envolve o cheque mais polpudo já assinado no setor e o coloca definitivamente entre os principais fundos imobiliários nesse espaço.

Anunciada na noite desta quarta-feira, 16 de outubro, a transação foi fechada por meio do fundo BTLG11 e envolve a compra de 13 ativos triple A da GLP, um dos principais players globais nesse espaço, pelo valor total de R$ 1,8 bilhão.

Nos termos do acordo, fechado com um cap rate de 9,5%, esse montante será dividido em duas parcelas. A primeira, de R$ 1,15 bilhão, ou 65% da cifra total, será paga à vista. Já os 35% restantes, um valor de R$ 614,25 milhões, serão quitados em 18 meses, com um yield estimado de 14,6%.

Com os novos ativos, o BTG, por meio de sua gestora, está incorporando uma área bruta locável de 541,7 mil metros quadrados. E, dentro da sua atuação em galpões logísticos, que inclui ainda o fundo BTLC11, alcança agora um portfólio total próximo de 2 milhões de metros quadrados.

O novo pacote anunciado nessa quarta-feira ilustra bem a tese do BTLG11. A começar pela localização dos galpões. Dos 13 ativos, 94% estão instalados em um raio de até 60 quilômetros de São Paulo, capital.

Nessa conta, nove galpões estão concentrados em um complexo logístico em Louveira e outros dois em Itapevi e São Bernardo do Campo, todas as três cidades no estado de São Paulo. As exceções são os ativos em Queimados (RJ) e no Recife (PE), próximo ao complexo de Suape.

Ao mesmo tempo, todos os ativos envolvidos na transação já estão em operação. Esse portfólio tem um total de 17 inquilinos, em uma carteira considerada prime, que inclui companhias como Nestlé, Unilever, Shopee e DHL.

Em outro componente que reforça e complementa as métricas no radar do BTG nesse espaço, boa parte dos galpões passou recentemente por retrofits, o que demandou um investimento total de cerca de R$ 100 milhões.



Fonte: Neofeed

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