Negócios
Primeiro FIDC para investidor de varejo sai do papel. A meta é chegar a R$ 300 milhões
Os Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDCs) eram sinônimo de investimento para profissionais ou qualificados com mais de R$ 1 milhão em aplicações. Desde outubro do ano passado, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) mudou as regras e o público em geral ganhou a chance de acessar esse produto.
Passados oito meses desde a publicação da resolução, o primeiro FIDC voltado para o investidor de varejo saiu do papel. Após muitas consultas, análises e acordos com a CVM, a Solis Investimentos lança o fundo Solis Pioneiro FIC FIDC, que tem aplicação mínima de R$ 100.
Uma das maiores e mais importantes gestoras de FIDCs, com mais de 90 fundos e cerca de R$ 16 bilhões sob gestão, a Solis “pagou o preço” por ser pioneira em criar um produto para o varejo.
“Ficamos muito animados com a expansão do mercado que o regulador deu, mas ainda não havia produtos classificados para o público em geral para fazer a gestão”, afirma Ricardo Binelli, sócio da Solis Investimentos, em entrevista ao NeoFeed.
Para se enquadrar nas exigências da CVM 175, o Solis Pioneiro FIC FIDC investe apenas em cotas seniores de FIDCs que tenham sido classificadas por uma agência de risco e que tiveram os créditos performados, isto é, decorrentes de mercadorias já entregues ou de serviços já prestados.
“Conseguimos um acordo com a CVM de que nós, como gestores profissionais, iríamos garantir que os FIDCs estivessem aderentes ao varejo. Então, a seleção pela política de investimento fica sob nossa responsabilidade”, diz Binelli.
A gestora entendeu que o melhor caminho para o investidor de varejo era o fundo de fundos (FoFs), que possibilita uma diluição do risco com uma gestão profissional. Para garantir liquidez, 30% do portfólio fica em ativos de curto prazo (resgates em D+60 dias, ante 180 dias dos FIDCs tradicionais).
A proposta da Solis é que nenhum FIDC represente mais de 7% da carteira, como já era a prática da casa com os FoFs para o investidor qualificado. No primeiro momento, o portfólio é formado por alguns fundos já investidos e amplamente conhecidos pela gestora. E a medida que cresça, a ideia é que ele possa ser ainda mais pulverizado.
Na quarta-feira, 5 de junho, ele fica disponível na plataforma do BTG Pactual, que foi parceiro na elaboração do fundo. Outros acordos com bancos e plataformas estão sendo costurados. E a expectativa é captar R$ 300 milhões até o fim deste ano.
“Precisamos difundir o que é esse produto e suas vantagens para o varejo e acreditamos, assim como o BTG, que as assessorias de investimentos terão um papel fundamental nesse trabalho educacional”, diz Binelli, que projeta o fundo com mais de R$ 2 bilhões em pouco tempo, como os fundos maduros da casa.
FIDCs triplicaram de tamanho
Classe de fundo que mais cresceu desde 2020, quase triplicando de tamanho para 507 bilhões, a expectativa era de um boom com a abertura para investidores de todos os tamanhos. Mas não foi o que aconteceu (ainda). Mesmo assim, o segmento tem crescido de forma acelerada.
Restrito anteriormente aos investidores qualificados, os FIDCs têm crescido acima do mercado. Segundo dados da Anbima, a captação líquida dos FIDCs foi de R$ 24 bilhões em 2023. No mesmo período, os fundos de renda fixa tiveram resgates líquidos de R$ 59 bilhões, enquanto os fundos multimercados tiveram retiradas de R$ 134 bilhões e os fundos de ações sofreram saques de R$ 7 bilhões.
Neste ano, até abril, os FIDCs captaram R$ 24,7 bilhões, ficando atrás apenas dos fundos de renda fixa, que captaram R$ 151,3 bilhões. Os fundos de previdência tiveram captação de R$ 14,7 bilhões, enquanto os fundos de ações e multimercados sofrem resgates de R$ 1,6 bilhão e R$ 41,2 bilhões, respectivamente.
“O mercado de crédito está mais saudável. Com os juros um pouco mais baixos, o investidor está à procura de mais risco em crédito para ter uma boa rentabilidade. E, do lado do lastro, o uso do FIDC só aumenta como opção de financiamento”, diz Delano Macêdo, sócio da Solis e responsável pelas frentes de originação, estruturação e crédito na gestora.
Atualmente, os FIDCs representam 5,7% do mercado de fundos, frente a 3,7% em 2019. A perspectiva é que o mercado fique ainda melhor para o crédito estruturado daqui para frente. “Acreditamos que ainda há uma enorme avenida de crescimento pela frente e os FIDCs podem ter, em breve, cerca de 10% do mercado”, afirma Macêdo.
Uma alternativa aos bancos
A expansão do mercado de FIDCs é uma boa notícia para pequenas e médias empresas que não conseguem acessar o mercado de capitais e ficam dependentes do crédito bancário. Os FIDCs investem seu dinheiro em títulos de créditos a receber de uma empresa e outras modalidades de crédito, como empréstimos consignados públicos e privados.
A venda antecipada de recebíveis serve, geralmente, para que empresas de diversos setores obtenham crédito e financiem as suas atividades. Por sua vez, os fundos de investimento transformam os recebíveis em títulos de valores futuros por meio de securitização.
“Com a abertura ao público em geral, gerando uma demanda ainda maior, cria-se um círculo virtuoso em que mais empresas poderão enxergar o FIDC como instrumento para tomada de recursos em alternativa ao crédito bancário”, diz Macêdo.
Se o mais difícil é colocar o primeiro produto no mercado, a perspectiva é que novas possibilidades surjam em pouco tempo para o investidor.
Negócios
O alcance global da Ambipar na liderança das soluções ambientais
Nos últimos anos, a busca por soluções ambientais se tornou um tema estratégico para todas as empresas. Alinhar-se às demandas ambientais não é mais opcional, mas essencial para que as companhias permaneçam competitivas e atendam às expectativas de investidores, consumidores e órgãos reguladores.
Nesse contexto, a Ambipar tem se destacado globalmente. Multinacional brasileira líder em soluções ambientais, a companhia ajuda empresas de diferentes setores a implementar ações práticas para redefinir a forma de cuidar do planeta, moldando estratégias a partir de medidas efetivas e inovadoras.
Com presença em 41 países e seis continentes, a Ambipar conta com mais de 23 mil colaboradores e mais de 500 bases operacionais. O foco é claro: oferecer soluções ambientais que abordem os desafios mais urgentes do planeta, incluindo descarbonização, economia circular, transição energética, prevenção e recuperação ambiental.
“Na Ambipar, acreditamos que a solução para os desafios ambientais passa pela integração entre inovação, colaboração e responsabilidade”, diz Fabrício Fonseca, CEO da Ambipar Environment, vertical que toca os projetos de economia circular e descarbonização do grupo. “Nosso trabalho é transformar resíduos em oportunidades que acelerem a descarbonização de nossos clientes e do planeta.”
O conceito de economia circular, um dos pilares de atuação da Ambipar, engloba medidas práticas para reduzir o desperdício ao reintegrar materiais ao ciclo produtivo. A Ambipar ajuda seus clientes a desenvolver soluções como a logística reversa, garantindo que resíduos sejam transformados em novos recursos e produtos.
Com presença em 41 países e seis continentes, a Ambipar conta com mais de 23 mil colaboradores e mais de 500 bases operacionais
Um exemplo é a planta de mineração urbana localizada em São José dos Campos (SP). Essa unidade, a maior da América Latina, processa até 80 mil toneladas de eletroeletrônicos por ano, separando e reaproveitando materiais como ferro, cobre e alumínio.
Ao fazer isso, a Ambipar auxilia os clientes não apenas a reduzir a emissão de gases de efeito estufa, mas também a diminuir a pressão sobre a exploração de recursos naturais.
Outro destaque é o Circular Pack, um selo pioneiro que certifica a logística reversa de embalagens pós-consumo. Trata-se de uma iniciativa que promove a reciclagem e fortalece a cadeia de valor – incluindo cooperativas de catadores –, garantindo que as empresas atendam à legislação vigente.
A Ambipar possui ampla gama de iniciativas que reforçam o conceito de soluções ambientais. Entre elas está a Circular, uma parceria com a Associação Nacional dos Catadores (Ancat), que visa estruturar cooperativas de reciclagem no Brasil, oferecendo capacitação e melhores condições de trabalho para os profissionais da reciclagem.
Outro exemplo é o projeto em parceria com a indústria química Dow, que busca aumentar a reciclagem de polietileno no Brasil. A meta é ampliar a capacidade de processamento de resíduos plásticos de 2 mil para 60 mil toneladas por ano até 2030. O esforço inclui a construção de novas instalações e a utilização de tecnologias avançadas para garantir maior eficiência na reciclagem.
No setor agrícola, a Ambipar desenvolve soluções como o uso de biocápsulas e drones para restauração de áreas degradadas. A tecnologia reduz custos e aumenta a produtividade, melhorando em até 60% a eficiência da semeadura nesse tipo de solo.
O grupo desenvolveu a plataforma Ambify, que permite que indivíduos e empresas calculem e compensem sua pegada de carbono de forma transparente e rastreável
Além disso, o grupo desenvolveu a plataforma Ambify, que permite que indivíduos e empresas calculem e compensem sua pegada de carbono de forma transparente e rastreável.
Para levar aos clientes o que há de mais inovador em soluções ambientais, a Ambipar investe fortemente em seu Departamento de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação.
Dos laboratórios da empresa saíram produtos como o Ecosolo, um adubo orgânico produzido a partir de resíduos da indústria de papel e celulose, que ajuda a sequestrar carbono no solo. A empresa também desenvolveu o Sabonete Collagen, fabricado com colágeno, um resíduo da indústria farmacêutica transformado em cosméticos sustentáveis.
Outros exemplos incluem a Natural Cat, areia para gatos feita de erva-mate e celulose reciclada, e o Ecovaso, vasos biodegradáveis feitos a partir de lodo da indústria de celulose, que podem ser plantados diretamente no solo, promovendo maior retenção de umidade e decomposição natural.
A companhia também se destaca pelo modelo de Franquias Sociais, que profissionaliza cooperativas de reciclagem em parceria com empresas como a Klabin, gigante da indústria de embalagens e papel.
Em cidades como Telêmaco Borba, no Paraná, e em localidades no interior de São Paulo, essas iniciativas geraram impactos significativos, incluindo o aumento da renda de catadores e a ampliação da capacidade de reciclagem.
Em Telêmaco Borba, a cooperativa ReciclaTB viu a renda média dos cooperados saltar de R$ 1,2 mil para R$ 4 mil, graças à infraestrutura e capacitação oferecidas pela Ambipar.
“Transformar a vida das pessoas por meio da reciclagem é um dos nossos maiores orgulhos”, diz Fonseca. “O modelo de Franquia Social não só melhora a infraestrutura, mas promove dignidade, capacitação e gera impactos socioeconômicos relevantes.”
Diante de legislações cada vez mais rigorosas e de uma sociedade mais exigente, a Ambipar mostra que é possível alinhar propósito ambiental a rentabilidade.
“As soluções ambientais que oferecemos ajudam nossos clientes a atingir metas de ESG e a criar valor compartilhado”, diz Fonseca. “Estamos não apenas cuidando do planeta, mas também garantindo a perenidade dos negócios.”
Negócios
Reag compra Berkana e Hieron e reforça gestão de patrimônio
Depois de algumas aquisições em asset management, como a Quasar e a Empírica, a Reag Investimentosa, de João Carlos Mansur, acaba de anunciar duas aquisições em wealth management. São elas a Berkana Investimentos e a Hieron Patrimônio Familiar passam a fazer parte da Reag.
A Berkana é um multi-family office desde 2008 e hoje atua também com venture capital e no setor do agronegócio. A empresa está em São Paulo, mas possui atuação global.
Já a Hieron, liderada por Reinaldo Lacerda e Robert van Dijk, tem uma asset e um wealth management e sua matriz é em São Paulo. A companhia mantpem escritórios em Belo Horizonte e representantes em Londres, Genebra e Dubai.
“A Reag compartilha a preocupação com a segurança dos clientes, com a cultura de serviço, e rentabilidade. Estamos diante de um momento de crescimento e expansão, e juntos entregaremos benefícios reais e substanciais para nossos clientes”, afirmou Luiz Lima, fundador da Berkana, em nota.
“Vamos ampliar nossa atuação com produtos inovadores e estratégias sólidas, criando escala e soluções personalizadas que agreguem valor aos nossos clientes”, acrescentou Lacerda, da Heiron, também em nota.
Robert van Dijk assume como CEO da área de wealth e asset management da Reag. Com mais de 45 anos de experiência no mercado financeiro e de capitais, Van Dijk traz uma trajetória como CEO da Principal Financial Group do Brasil e foi diretor executivo em instituições como Banco Votorantim e Bradesco, onde criou e liderou a BRAM. No período entre 2016 e 2018 Robert atuou com destaque no cargo de presidente da Anbima.
Lideram também esse projeto da vertical de asset e wealth management executivos como Carlos Maggioli, cofundador da Quasar Asset Management; Dario Tanure, cofundador da Rapier Investimentos; Leonardo Calixto, cofundador da Empírica; Luiz Lima e Reinaldo Lacerda.
A Reag é um grupo financeiro que já soma mais de mais de R$ 200 bilhões sob gestão. E também possui áreas como serviços fiduciários, crédito, distribuição e assessoria financeira.
O apetite por aquisições da empresa vem ocorrendo em vários setores financeiros. No ano passado a empresa adquiriu a plataforma BizHub Ventures da Alvarez & Marsal (A&M), consultoria especializada em gestão de empresas, e entrou no segmento de venture capital com o lançamento da Reag Growth & Ventures.
Em 2022 e 2023, a empresa adquiriu as gestoras de patrimônio Rapier Investimentos e Quadrante Investimentos.
Negócios
Em reestruturação, Azul lança ofertas de troca de dívida e emissão de R$ 500 milhões
A companhia área Azul anunciou nesta quarta-feira, 18 de dezembro, o lançamento de ofertas de troca de dívida como parte da implementação de suas transações de reestruturação e recapitalização cujos termos a empresa vem trabalhando nos últimos meses.
Em fato relevante, a empresa detalha a proposta, que inclui a substituição de notas sêniores garantidas de primeiro e segundo grau, com vencimentos em 2028, 2029 e 2030, por novas emissões com as mesmas condições de vencimento e juros.
Além disso, a empresa segue pedindo aos credores a eliminação de termos “restritivos”, liberação de garantias e eliminação de eventos de inadimplência. Segundo a empresa, o objetivo é otimizar a estrutura financeira, convertendo parte das dívidas em ações preferenciais.
Uma das ofertas é da Azul Secured Finance LLP aos detentores elegíveis de suas notas sêniores garantidas em uma base de primeiro grau, com vencimento em 2028 e juros de 11,93%. Pode-se
trocá-las por novas notas sêniores garantidas em primeiro grau, com mesmo vencimento em 2028 e juros de 11,930%.
A outra oferta é aos detentores elegíveis de suas notas sêniores garantidas em uma base de segundo
grau e juros de 11,5% com vencimento em 2029 e notas sêniores garantidas em segundo grau e juros de 10,875% com vencimento em 2030. Pode-se trocá-las por tais notas da série relevante por novas notas de 11.500%, com vencimento em 2029, e 10,875%, com vencimento em 2030, conforme aplicável, a serem emitidas pela Emissora.
A Azul afirmou que a consumação das trocas de dívida está condicionada ao envolvimento de pelo menos 66,67% do valor principal em aberto de cada série dos títulos existentes e pelo menos 95% do valor principal do que chamou de “notas 2L”, além da emissão das chamadas “notas superprioritárias”.
O prazo para participação antecipada para as ofertas de troca é 7 de janeiro e o prazo final é 15 de janeiro.
As operações preveem uma emissão de novas ações da Azul em três fases, com a companhia estimando que as primeiras ocorram até abril de 2025.
Simultaneamente, a Azul concordou com um grupo de credores em emitir até US$ 500 milhões em notas superprioritárias com vencimento em 2030, destinadas a reforçar o caixa da companhia.
Nesse sentido, esses recursos incluem o pagamento antecipado de US$ 157,5 milhões em dívidas-ponte e devem viabilizar maior flexibilidade operacional.
Como parte de tais recursos brutos, US$100 milhões seriam liberados para a Azul mediante o cumprimento de condições específicas.
As ações da Azul acumulam queda de 72% este ano. O mercado está acompanhando uma possível fusão com a concorrente Gol, que vem sendo ventilada ao longo do ano.
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