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No private banking, BTG cresce no Brasil no jogo de “rouba monte”. Nos EUA, está perto de um M&A

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Tempo de Leitura:5 Minuto, 21 Segundo


No pacato mercado de capitais brasileiro, onde quase não se geram novas fortunas, o crescimento do wealth management tem sido um jogo de rouba monte, seja atraindo novos clientes da concorrência ou aumentando o share of wallet dos que já estão na casa.

O BTG Pactual, que sempre teve como vantagem a força do seu banco de investimento para trazer grandes clientes, tem conseguido se destacar também com o seu projeto de interiorização pelo País e a expansão internacional.

Nos últimos 12 meses, a área de wealth management do BTG Pactual cresceu 33% e alcançou R$ 766 bilhões sob gestão. O banco não divulga separadamente os resultados dos negócios da área (private proprietário e dos canais B2B, B2C e digitais), mas grande parte desse crescimento vem da plataforma digital, que tem ganhado tração em aquisições recentes. Em outubro do ano passado, por exemplo, a corretora Órama foi adquirida e colocou R$ 18 bilhões sob custódia dentro do BTG.

Em entrevista ao NeoFeed, Rogério Pessoa, global head do wealth management do BTG Pactual, afirmou que o private banking foi também um grande responsável por esse crescimento, tendo crescido 24% nos últimos 12 meses. No mercado onshore, cuja média de crescimento foi de 15% segundo dados da Anbima, o BTG subiu 26%.

“O mercado de capitais está parado, então o business tem sido de rouba monte, e deve continuar assim até o fim do ano”, diz Pessoa. “Mas conseguimos crescer bem e ganhar market share com o resultado de investimentos que fizemos nos últimos anos, e ainda estamos fazendo, para ganhar musculatura pelo País.”

O público-alvo são os clientes ultra-high, com mais de R$ 50 milhões, apesar de o banco atender clientes a partir de R$ 10 milhões. O tíquete médio está em R$ 80 milhões. Os clientes menores, hoje, são atendidos nas outras verticais do banco.

Para chegar a esses clientes sofisticados, o BTG Private tem expandido a sua capilaridade e ampliado sua fatia no mercado pelo País com investimentos em interiorização nos últimos dois anos. No ano passado, entrou nas cidades catarinenses de Itajaí e Balneário Camboriú. E, em 2022, em Salvador e Fortaleza, Ribeirão Preto (SP), Brasília e Santa Catarina. Além de ter fortalecido a sua rede nas antigas praças, como nas capitais São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre, Recife e Campo Grande.

“Escritórios que já tínhamos aberto realmente ganharam tração no último ano e trouxeram um grande retorno com abertura de contas, mas também conquistando mais share of wallet. E continuamos de olho em oportunidades de chegar a mais regiões”, diz Pessoa.

Essa ampliação geográfica se reflete no time. Nos últimos 12 meses foram contratadas 12 pessoas, um aumento de 4% no total de cerca de 250 profissionais que trabalham no Brasil.

O investimento se justifica pelo crescimento que o setor de private banking tem tido fora do Sudeste. Segundo dados da Anbima, nos últimos 12 meses até abril, a região Sudeste foi a que menos cresceu, com expansão de 13%. As regiões com maior crescimento em total sob gestão foram Norte e Nordeste, ambas com 29% de crescimento. Em seguida vêm as regiões Centro-Oeste (16%) e Sul (15%).

O BTG não está sozinho nessa estrada rumo ao interior do Brasil. Outros private bankings também estão de olho nesse movimento. O Santander tem aberto novos escritórios e prevê entrar em mais três cidades neste ano, enquanto o Itaú Private tem apostado em eventos pelo interior para se aproximar mais dos clientes.

No caso do BB Private, o mais capilarizado com presença em 98 cidades por meio de 29 escritórios e 107 plataformas, a decisão foi fazer uma reestruturação para capturar mais sinergias com a ofensiva dos concorrentes.

Nesse jogo pelas fortunas, o BTG entende que capturar o resultado atual é sinal de que o banco soube mexer as peças no passado. E é preciso estar preparado para o próximo ciclo do agronegócio e quando o mercado de capitais voltar.

“O interior do Brasil é pujante, ainda mais no agronegócio, mas é preciso ter em mente que esse é um setor cíclico. Estamos investindo em estar próximos com pessoas que entendem as especificidades dos negócios em cada região”, diz Pessoa.

Aposta no offshore

Os esforços de investimento do BTG não se limitam ao Brasil. No último ano, a operação offshore cresceu 23% em 12 meses, e alcançou US$ 20 bilhões.

Em 2023, o BTG comprou o FIS Privatbank em Luxemburgo (operação concluída em setembro) para ter a custódia do crescente mercado latino que foi para a Europa. O banco tem conseguido capturar esses clientes após a abertura em Portugal em 2020, e na Espanha no ano passado. O FIS possui todas as licenças de operação bancária na Europa e funciona como um hub para a operação do banco na zona do Euro.

Segundo Pessoa, a integração do banco ao BTG foi concluída no fim do ano passado e contratações ainda estão sendo feitas. Hoje, são 50 funcionários, 60% a mais do que na aquisição. O banco está perto de € 500 milhões sob custódia, e a expectativa é terminar o ano com mais de 1 bilhão. E em cinco anos, a meta é ter 7 bilhões de euros.

“Estamos bastante animados com o a perspectiva de ser o principal banco dos latino americanos no exterior, e temos crescido muito na Europa com o fluxo migratório de latinos indo morar lá. Estamos abrindo em média de 30 a 40 contas por mês”, afirma Pessoa.

Com o sucesso da aposta em uma infraestrutura mais parruda na Europa, agora o banco volta a mirar nos Estados Unidos, o seu principal mercado offshore, mas onde opera ainda apenas como uma corretora. Por isso, o banco está a procura de um banco nos Estados Unidos, como adiantou ao NeoFeed em agosto passado.

Segundo fontes ao par do assunto, o BTG estaria prestes a fechar a compra de um banco em Nova York. Ao NeoFeed, o banco não quis comentar, mas ratifica o que já havia dito sobre estar a procura dessa peça importante no negócio.

“Sem um banco não podemos oferecer um serviço tão completo, há limitações em crédito e outros serviços, que são cada vez mais demandados pelos clientes private, que cada vez se tornam mais internacionais. Estamos buscando um full banking para trazer mais robustez a operação”, afirma Rogério Pessoa, global head do wealth management do BTG Pactual.



Fonte: Neofeed

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Casas Bahia coloca FIDC do crediário “na rua” com captação inicial de R$ 300 milhões

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Desde o fim do ano passado, a Casas Bahia começou a rodar de forma experimental o seu fundo de investimento em direitos creditórios (FIDC) para o crediário. Com um volume financeiro inferior a R$ 5 milhões, o período de testes serviu para entender todo o mecanismo operacional do instrumento.

Após toda a investigação, que passou pela antecipação de pagamento do financiamento, a renegociação e a inadimplência, a Casas Bahia tornou o seu FIDC operacional, conforme fato relevante publicado após o fechamento de mercado na quinta-feira, 13 de fevereiro.

O Grupo Casas Bahia Fundo de Investimento em Direitos Creditório, novo instrumento financeiro da rede varejista, começa com um compromisso de aporte de terceiros e terá um capital inicial de R$ 300 milhões, com a expectativa de atingir o montante de R$ 500 milhões de patrimônio líquido nos próximos meses.

“A ideia é crescer aos poucos, mas não temos um compromisso de valor. Queremos crescer com uma carteira mais saudável, mesmo que seja com uma rentabilidade menor”, diz Elcio Ito, CFO do Grupo Casas Bahia, ao NeoFeed.

“O FIDC vem em um momento apropriado e propício para ampliarmos e diversificarmos nosso funding e para crescer no crediário”, complementa.

A carteira ativa de crediário da Casas Bahia registrou expansão nos dois últimos trimestres. No fim do terceiro trimestre de 2024 chegou a R$ 5,7 bilhões, uma alta de 7,5% sobre o mesmo período do ano anterior – o próximo balanço será divulgado em 12 de março.

“A carteira continuou crescendo no quarto trimestre e a tendência é de aumentar ao longo de 2025, apesar do cenário macroeconômico desafiador”, afirma o CFO.

Em relação às cotas do FIDC, 80% são sênior, que estão com rentabilidade de CDI+5,5%, e 20% são subordinadas. O risco dessa carteira é de pessoa física, ou seja, pulverizado. “Com um maior conhecimento do produto, essa taxa vai se reduzir no médio e longo prazo”, diz Ito.

Quando anunciou seu plano de transformação em agosto de 2023, a Casas Bahia pensou no FIDC como a melhor maneira para substituir os empréstimos com os bancos para o financiamento de vendas, conhecido como CDCI, que estavam prejudicados após os eventos Americanas e Light.

O CEO Renato Franklin, em entrevista ao NeoFeed, falou que o processo de criação de um FIDC seria moroso. “Isso vai demorar até 14 meses e deve ir até meados de 2025”, disse ele em dezembro de 2023.

Ao longo de 2024, a Casas Bahia conseguiu acertar uma recuperação extrajudicial (anunciada em abril e aprovada em junho pela Justiça) para alongar a dívida de R$ 4,1 bilhões, o que garantiu flexibilidade no caixa para a rede varejista. E acertou linhas bilaterais de crédito com os bancos, que ajudaram na expansão do crediário.

Além disso, toda loja física foi transformada em uma espécie de correspondente bancário para que o dinheiro que entrar de um crediário feito pelo FIDC caia direto na conta desse instrumento e não no caixa da companhia.

A estruturação e a gestão do FIDC é da Polígono Capital, gestora de fundos de investimento fundada por BTG Pactual Asset Management e Prisma Capital. A custódia e a administração são do BTG.

A ação BHIA3, da Casas Bahia, acumula queda de 61,6% em 12 meses na B3. O valor de mercado da empresa é de R$ 281,5 milhões.





Fonte: Neofeed

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Gilberto Xandó deixa o comando da JBS Brasil para liderar a rede Wild Fork North America

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Três anos depois de ser nomeado presidente da JBS Brasil e de liderar o crescimento da companhia desde então, Gilberto Xandó está assumindo um novo desafio. Dessa vez, sua missão será expandir outra marca do extenso leque de negócios do grupo JBS. E em outras fronteiras.

O NeoFeed apurou que o executivo foi escolhido para ser o novo presidente da Wild Fork North America, marca de varejo de proteínas da JBS que “exporta” o modelo da Swift, hoje com centenas de lojas no Brasil, para outras regiões. Ele irá liderar essa operação nos mercados dos Estados Unidos, Canadá e México.

Criada em 2017 pelo grupo, a Wild Fork Foods estreou no mesmo ano com a proposta de venda direta aos clientes e uma primeira loja em San Diego, na Califórnia. Hoje, a bandeira tem 91 unidades na América do Norte, além de 9 centros de distribuição para o e-commerce e de uma fábrica no México.

O portfólio da marca inclui uma variedade de mais de 700 produtos. Desde proteínas – carne bovina, frango, porco e pescados – até acompanhamentos, pratos prontos, vegetais, pães, sobremesas, temperos e molhos.

A chegada de Xandó tem como objetivo expandir essa operação, por meio do investimento na abertura de novos pontos no varejo e do aumento do volume de vendas em todos os canais.

No currículo, o executivo leva uma bagagem de 14 anos no grupo, com passagens pelo conselho de administração e a presidência da Vigor Alimentos. Xandó também trabalhou na Sadia por mais de 20 anos, onde chegou ao posto de vice-presidente internacional, além de atuar como diretor-geral da Natura.

A experiência acumulada na expansão do modelo de lojas próprias da Swift no Brasil também está incluída nesse pacote. Criada com o objetivo inicial de viabilizar a categoria de congelados no mercado de carne bovina, a marca já tem centenas de unidades no País.

Essa operação também inclui uma loja virtual e um modelo de store in store, com espaços específicos dentro de unidades de rede de supermercados parceiras. Além de um restaurante, batizado de Meat Point e instalado em Brasília (DF).

Na nova estrutura, o time local da Wild Fork, formado por Olga Gonzalez, presidente da Wild Fork USA e Canadá, e por Fernando Silva, presidente da operação no México, se reportará diretamente a Xandó, que, por sua vez, responderá a Vicente Trius, presidente global da Wild Fork e da Swift.

Já a presidência da JBS Brasil passará a ser acumulada por Gilberto Tomazoni, CEO global do grupo. E os números mais recentes da JBS, relativos ao terceiro trimestre de 2024, trazem um aperitivo da herança deixada por Xandó ao executivo.

Entre julho e setembro do ano passado, a JBS Brasil apurou uma receita líquida de R$ 18 bilhões, alta de 25% sobre igual período em 2023. O Ebitda ajustado da operação cresceu 332,4% no período, para R$ 2,1 bilhões. Enquanto a margem Ebitda evoluiu 8,2 pontos percentuais, para 11,6%.

No trimestre, a receita líquida da JBS teve um salto de 20,9%, para R$ 110,4 bilhões. A empresa reportou um lucro líquido de R$ 3,8 bilhões, uma expansão de 571%, e um Ebitda ajustado de R$ 11,9 bilhões, um crescimento de 120,7%.

As ações da JBS estavam sendo negociadas com queda de 1,18% por volta das 14h50 na B3, cotadas a R$ 32,60. Em 2025, os papéis da companhia, que está avaliada em R$ 72,3 bilhões, registram uma desvalorização de 10,1%.





Fonte: Neofeed

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Gestora de private equity pode ser o combustível da Nissan após fusão com a Honda fracassar

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Gestora de private equity pode ser o combustível da Nissan após fusão com a Honda fracassar
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Após cumprirem um roteiro de cerca de dois meses em direção a uma fusão, a Honda e a Nissan confirmaram oficialmente na quinta-feira, 13 de fevereiro, que estão encerrando as negociações para uma fusão, um passo que incluiria ainda a Mitsubishi e criaria uma empresa avaliada em US$ 60 bilhões.

Com o fim das conversas, as atenções se voltam principalmente à Nissan, que está no meio de um plano de recuperação, com a previsão de cortar 9 mil funcionários e 20% da sua capacidade global. E que precisa de fôlego financeiro para conduzir essa reestruturação e a atualização do seu portfólio defasado.

Isso não significa que a montadora vai seguir sozinha nessa jornada. Quem parece disposta a “embarcar” na companhia é a KKR. A gestora americana de private equity está considerando investir na Nissan, segundo informações da agência Bloomberg.

De acordo com pessoas próximas à empresa, as negociações estão em curso, mas a KKR ainda está nos estágios iniciais de avaliação sobre um investimento, via equity ou dívida, para fornecer um novo combustível à Nissan.

A busca por novas opções por parte da montadora teria começado assim que a empresa teve indícios de que as negociações com a Honda caminhariam para um ponto final. Nesse percurso, o plano da Nissan é atrair um sócio, preferencialmente, do setor de tecnologia e com sede nos Estados Unidos.

Na outra ponta, caso o acordo tenha um desfecho positivo, a KKR ampliaria seus laços com o Japão, onde já mantém negócios há um bom tempo. O país do sol nascente responde, por exemplo, por cerca de 39% do portfólio da gestora na região Ásia-Pacífico.

Em mais um dado, desde 2010, a KKR registrou um múltiplo bruto de 2,2 vezes sobre o capital investido em 12 negócios no Japão. Esse portfólio inclui nomes como a rede de supermercados Seiyu, a empresa de chips Kokusai Electric, a Bushu Pharma, de medicamentos, e a NetStars, de pagamentos.

A gestora também tem uma sério de transações potenciais em andamento no país asiático. No início deste mês, por exemplo, a KKR ampliou sua oferta pela empresa de software Fuji Soft, em uma disputa com a Bain Capital pelo ativo.

No caso da Nissan, a perspectiva é de que a KKR também tenha uma “rival” pelo investimento. Nesta semana, a Foxconn, empresa taiwanesa que fabrica, entre outros produtos, os iPhones da Apple, confirmou que está aberta a comprar a fatia de 36% que a Renault detém na montadora japonesa.

Fim da linha

À espera de novas alternativas, a Nissan divulgou um comunicado nesta quinta-feira ressaltando que, desde a assinatura do memorando de entendimentos (MOU), em 23 de dezembro de 2024, as duas empresas avaliaram diversas opções em relação à estrutura da integração das operações.

Segundo a companhia, nesse intervalo, a potencial sócia propôs alterar o modelo inicial, que previa uma holding conjunta, para uma estrutura na qual a Honda seria a empresa-mãe e a Nissan sua subsidiária, por meio de uma troca de ações.

“Como resultado dessas discussões, ambas as empresas concluíram que, para priorizar a velocidade da tomada de decisões e a execução de medidas de gestão em um ambiente de mercado cada vez mais volátil rumo à era da eletrificação, seria mais apropriado encerrar as discussões e rescindir o MOU”, informou a Nissan.

A Nissan observou ainda que, no futuro, vai colaborar com a Honda em uma parceria estratégica centrada na “era da inteligência” e dos veículos elétricos.



Fonte: Neofeed

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